Antes da sua institucionalização na província de Niassa, uma equipa de técnicos vinda da sede, no Maputo, instalou-se na então futura cidade de Unango, no distrito de Sanga, em 1980, tendo montado um centro comunitário de comunicação.

O centro compunha como equipamento: 1 gerador de energia eléctrica; 1 reprodutor de cassete; 1 gira disco; 1 receptor (rádio portátil); 4 amplificadores; 4 colunas de som; 1 projector de cinema; 1 gravador; 2 microfones; 1 tela gigante; 4 autofalantes.

Do impacto (positivo) que as actividades de mobilização social trouxeram na mudança social e comportamental das comunidades locais abrangidas (bairros circundantes ao centro de comunicação de Unango) foram criadas réplicas de centros de comunicação no distrito de Mavago, na cidade de Lichinga (bairros de Matama e Chiuaula) e no distrito do Lago (na vila de Metangula), sendo que a coordenação destes era feita a partir do centro de comunicação de Unango.

A demanda social pelas actividades dos centros trouxe a necessidade de criar uma sede, na cidade de Lichinga, por onde as acções de mobilização social deviam ser delineadas. Foi daí que, em Maio de 1982, o Governo Provincial cedeu um dos apartamentos do nacionalizado Prédio da Radio Moçambique (RM), sita na Av. Samora Machel, onde funcionou a Delegação do ICS até 1994, então com 2 funcionários: Martins Cumbane (ainda no activo) e Arlindo Cossa (falecido).

Paralelamente ao escritório do Prédio da RM, o ICS tinha uma gráfica nas instalações da actual Pastelaria Maria, igualmente localizada na Av. Samora Machel.

Havendo necessidade de unir os dois escritórios do ICS – o da mobilização social e o da gráfica – houve, em 1994, a troca de chaves entre o ICS, então proprietário das instalações da gráfica e um comerciante, então proprietário das actuais instalações da Delegação do ICS, em virtude desta localizar-se numa área desfavorável as atividades comerciais.