O Governo do distrito de Chicualacuala, em Gaza, está preocupado com os efeitos que poderão ser registados em resultado das chuvas intensas que se registaram na República do Zimbabwe durante a passagem do ciclone “ANA”.

Dados indicam que, o volume de água no rio Nwanetsi pode aumentar e provocar inundações em algumas comunidades de Chicualacuala. A administradora Cacilda Banze conta que, desde Novembro de 2021, as comunidades estão a ser sensibilizadas para não fazerem machambas nas zonas baixas, nem permanecerem por mais de 24 horas naqueles lugares de modo a não serem surpreendidas por inundações.

As comunidades de Bakanya, Mandla e Konguma correm o maior de inundações por se localizarem entre dois rios, o Limpopo e o Nwanetsi. Segundo Cecília Banze, nas duas comunidades poderão ser afectadas mais de 400 famílias. “O que estamos a fazer neste momento é exortar as pessoas a estarem vigilantes. Quando alguém sai à machamba, deve avisar o seu vizinho porque ainda estamos em período chuvoso’’, alertou a administradora.

O sector da educação em Chicualacuala está também a sentir os efeitos do ciclone. Pelo menos 130 alunos do ensino primário iniciaram o presente ano lectivo em condições precárias, devido a destruição do tecto de algumas salas de aula, causada pelos ventos fortes que se fizeram sentir naquela região em Novembro de 2021. A administradora conta que o governo distrital está agora a trabalhar no processo de reposição do telhado.

Para contornar possíveis efeitos das calamidades naturais, Chicualacuala conta agora com duas embarcações especializadas para pronto-socorro à população em caso de ocorrências de cheias. Enquanto isso, está a colaborar com o distrito de Massangena, que se mostra posicionado para ajudar em caso de necessidade.

O administrador de Massangena, Sancho Humbana, confirma que seu distrito tem todas equipas prontas para responder a quaisquer intempéries e os Comités Locais de Gestão de Riscos e Desastres estão em alerta. “No ano passado, registou-se uma situação alarmante. Queremos evitar isso. Este ano até a população está a colaborar. Já se retirou das áreas ribeirinhas, especialmente na região de Massangena-Sede e Mavuie”, contou a fonte.

Uma nota indica que, na presente época chuvosa, a área de estradas em Gaza não registou problemas de intransitabilidade de vias e existe um plano de contingência que visa atender a situações de bloqueio de vias de acesso em caso de chuvas intensas ou ciclones.