CNE ambiciona cultura de paz no próximo ciclo eleitoral

O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Carlos Matsinhe, visitou, em Dezembro do ano em curso, o Instituto de Comunicação Social (ICS) com vista a encontrar formas de desenvolver acções conjuntas para promover eleições pacíficas e afluência às urnas nas próximas eleições autárquicas, agendadas para 2023.

 

Segundo Carlos Matsinhe, os órgãos de administração eleitoral, em parceria com os órgãos de comunicação social e os demais interessados, devem trabalhar na educação cívica e moral de modo com que cada cidadão conheça os seus direitos e, desta forma, se combata a abstenção eleitoral, que pode ser resultado da comunicação deficiente sobre a valia da participação do cidadão nos processos eleitorais.

Na visita, Carlos Matsinhe manifestou o interesse de que os assuntos do ciclo eleitoral que se avizinha sejam parte da agenda do ICS. “O apelo é que se desdobrem bastante, especialmente no momento das campanhas, bem como no momento da eleição, para que as pessoas sejam encorajadas a participar. Desejamos ver melhorar a compreensão do significado de eleições e que o cidadão perceba que a realização da campanha é feita com vista a anunciar o programa de cada partido ou candidato e não para criar inimizades entre simpatizantes de um e outro” – disse o presidente da CNE acrescentando – “Acho que passa pela educação para que o cidadão saiba que digladiar-se com os outros e criar situações embaraçosas é perda de tempo. Devíamos convencer o eleitorado a eleger um determinado partido ou candidato”.

Na mesma ocasião, a directora-geral do ICS, Fárida Costa, disse que os casos de abstenção eleitoral e manifestações de violência são parte integrante da agenda das campanhas de educação cívica eleitoral do ICS em todo o processo eleitoral. “O ICS tem a tarefa de fazer um trabalho mais explicativo e comunicativo para que tais casos sejam evitados. Para o efeito, o ICS não trabalha sozinho, mas também com especialistas a nível do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE). Passamos por processos de formação que, a nível das capitais províncias e distritos municipais, vão nos dar ferramentas para que possamos disseminar melhor mensagens acerca da educação cívica eleitoral”, disse a directora.

A directora geral acrescentou que o ICS é diferente de todos outros órgãos de comunicação pela forma como usa os diferentes multimeios que tem para focar numa determinada campanha ou processo eleitoral. “Contamos com vários meios, tais como com rádios comunitárias, jornais, boletins informativos e unidades móveis de mobilização social onde são transmitidos vídeos e filmes temáticos que se tornam objecto de debate para as comunidades. Temos também o jornal O Campo que, nos ciclos eleitorais, carrega as mensagens de educação cívica eleitoral para as comunidades”, contou Fárida Costa. 

 

 

ICS revitaliza rádio nacional

 

A visita do presidente da CNE ao ICS coincidiu com o lançamento da Rádio e Televisão Nacional Educativa Rural, acessível pela frequência 91.9 FM, que tem agora uma nova configuração. Sobre o assunto, Fárida Costa referiu que a rádio já está a funcionar em pleno e tem a programação preenchida, onde as matérias e programas das rádios comunitárias de todo o país são também emitidas. “A rádio melhorou o seu sinal, possui actualmente uma abrangência de 170 quilómetros e a intenção é fazer com que seja ouvida a nível nacional, mas, para o efeito, dependemos do orçamento de investimentos que o ICS ainda não tem. Aliás, queremos também que a rádio se torne Online e num canal televisivo”, concluiu a directora.

 

Texto: Felismina Mapatse

Fotos: Hortência Nhanombe

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