As autoridades da Saúde do distrito de Mandlakazi, na província de Gaza, estão satisfeitas com a redução de casos de malária, em resultado do esforço feito pelo governo na pulverização intra-domiciliária e distribuição de redes mosquiteiras.
Segundo o director do Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social (SDSMAS) de Mandlakazi, Casimiro Manhique, de Janeiro a Novembro de 2021, foram registados 11 mil e 144 casos de malária contra 18 mil e 233 de igual período de 2020, o que corresponde a uma redução em 38.9 porcento.
Casimiro Manhique entende que esta redução é motivadora. “A situação nos motiva a trabalhar mais. A redução desses casos foi possível depois da distribuição das redes mosquiteiras realizada durante as consultas pré-natais e na campanha de cobertura universal, que envolveu 6 mil e 712 unidades de redes, sendo que, em 2020, distribuímos 95 mil e 480 redes para um universo de 148 milhões de habitantes”, explicou Casimiro Manhique.
O chefe do sector de saúde em Mandlakazi fez saber que decorre, neste momento, uma campanha de pulverização em todas as zonas para redução da malária. “Para esta actividade, está planificado atingir cerca de 69 porcento da população e esperamos proteger a 99 mil e 464 pessoas, entre as quais 9 mil e 984 crianças menores de cinco anos e duas mil e 29 mulheres grávidas”, contou a fonte antes de apelar para que a população não desviem as redes mosquiteiras nem para a pesca nem para a protecção de hortas porque estas acções constrangem o SDSMAS.
Relativamente à existência de medicamentos e reagentes nas farmácias hospitalares e laboratórios, Manhique informou que o SDSMAS em Gaza não registou nenhum défice. “Não temos tido falta de medicamentos. Sempre reservamos quites compostos por medicamentos essenciais para responder aos cuidados primários. Nosso maior constrangimento tem sido a falta de agulhas cateter, reagentes para hemograma, bioquímica e para a revelação do raio”, informou o dirigente.
De acordo com a fonte, a expansão da rede sanitária não corresponde à demanda, havendo necessidade de se construir mais centros de saúde porque existe ainda comunidades em que a população percorre mais de 40 quilómetros à procura de hospitais ou centros médicos.
“Na aldeia de Memo, por exemplo, a população local está a sofrer. Tem de caminhar longa distância para chegar à sede do posto administrativo de Macuácua, onde se encontra o hospital mais próximo”, disse Casimiro Manhique informando que já existe um plano de construção de uma Unidade Sanitária em Memo e de melhoria das vias de acesso de Chilatanhane e Mbandze que vão facilitar a deslocação das comunidades aos hospitais.
Para 2022, Mandlakazi planificou abastecer os centros de saúde locais com medicamentos e recursos humanos. Está inclusa no plano deste ano a construção e reabilitação de infra-estruturas hospitalares danificadas. O plano vai ser executado com a poio de parceiros como a Ariel Glaiser, Pathfinder, Visão Mundial, Amodefa, ADPP, Livoningo, Covida, Save the Children, Gaví e Fundos de Investimento.