A Secretaria de Estado da província da Zambézia fez apelo para a padronização e qualidade de formação profissional em Moçambique a partir de cursos vocacionais, conforme o plano quinquenal 2020/2024 com vista a promoção de actividades atinentes ao desenvolvimento do capital humano e justiça social.

A promoção do sistema educativo inclusivo eficiente e eficaz que responda as necessidades de desenvolvimento do capital humano particularmente dos jovens, enquadra-se nos objectivos estratégicos que dotem capacidades para capitalizar as diferentes oportunidades de emprego e de negócio que o mercado oferece, nomeadamente, empreendedorismo.

Para o efeito, a Secretária de Estado de Zambézia, Judite Faria defende a necessidade urgente na observância com rigor da equidade de género na promoção das diferentes áreas de formação vocacional ministradas pelo Instituto de Formação Profissional e Estudos Laboral Alberto Cassino (IFPELAC) na província, desafio lançado aos gestores daquela instituição pública, durante o acto de abertura inaugural do presente. “Desafiamos aos gestores a todos níveis para observância de equidade na atribuição de oportunidades de formação vocacional bonificada a diferentes jovens vivendo em situação de extrema vulnerabilidade”, referiu a governante.

Na ocasião, a fonte fez lembrar que o governo coloca a promoção da empregabilidade e do desenvolvimento de aptidões humanas no centro das atenções e em razão disso, no presente ano, foram inscritos 813 candidatos em várias especialidades designadamente, agro processamento, construção civil, hotelaria e turismo, Tecnologias de Informação e Comunicação, administração e gestão além de outros cursos híbridos para responder a demanda nas zonas rurais.
Com estas formações, o IFPELAC colocou no mercado pelo menos 495 profissionais desde a requalificação do sistema em 2021.

Judite Faria disse que os cursos profissionalizantes visam, dentre outros objectivos, dotar aos beneficiários de ferramentas necessárias que permitem fazer face as exigências do mercado. Referiu ainda, que o modelo constitui uma das alternativas disponíveis para quem deseja qualificar-se para investir no mercado.
“É por este motivo que o governo reitera o compromisso de assegurar cada vez mais o acesso a bolsas de estudo a pessoas vivendo em extrema situação de vulnerabilidade”, disse Judite Faria.

A Secretária de Estado incentivou também a participação da mulher e da rapariga nos cursos indústrias e de construção civil, reduzindo cinquenta porcento do valor das propinas para as candidatas deste grupo com rendimento familiar abaixo de dois salários mínimos entre e outras isenções estabelecidas. Na mesma ocasião, destacou a necessidade de especialização dos profissionais em exercícios, o que vai permitir responderem as dinâmicas e avanços tecnológicos nos seus locais de trabalho.

Dino Domingos, estudante da 10ª classe, residente na localidade de Namacata arredores de Quelimane, frequenta o curso de canalização e tem como perspectiva dedicar-se exclusivamente a prestar serviços por conta próprios sem interromper os estudos. ‘’Vou à escola no curso nocturno por falta de tempo pois de dia decidi fazer o curso de canalização para buscar eventuais oportunidades de auto-emprego”, explicou Domingos.