Associação dos Armadores Industriais de Pesca, a nível da província da Zambézia, defendem a necessidade de revisão do período da veda do camarão, de forma a ser implementada em função das especificidades de cada província e dos efeitos nefastos decorrentes da mudanças climáticas.
Segundo o presidente daquela associação, João Portela, o início da campanha acontece num momento crítico para o sector, influenciado pela mudanças implementadas desde 2019, após a avalanche das mudanças climáticas. Hoje, os custos operacionais da produção de camarão não são compensados pelas receitas e os altos preços de combustíveis representam cerca de 40 porcento dos custos operacionais das empresas de pesca.

“Defendemos o início de campanha relativamente mais cedo, isto é, entre os meses de Fevereiro e Março, por sinal, os mais produtivos. Em contrapartida, encerraria mais cedo, em Setembro, por ter-se provado que ficaria para a próxima campanha. As datas de início e do fim de campanhas de pesca de camarão não devem ser definitivas”, disse Portela, tendo acrescentado que os operadores ilegais têm trazido muitos prejuízos.

O governador da província da Zambézia, Pio Matos, exorta aos operadores pesqueiros para, durante as actividades, nunca se esquecerem do lema “pescar, preservando o mar e recursos pesqueiros”.

“Zambézia possui um potencial pesqueiro com variedade de espécies, o que contribui para estimular o equilíbrio alimentar da sua população, mas pede-se para uma pesca responsável e amiga do ecossistema marinho em prol do bem-estar de gerações vindouras”, recomendou o chefe do executivo provincial.

Matos exige que os armadores se apropriem das orientações dadas pelo governo, observando todos os procedimentos recomendados para o exercício da pesca.