A Confederação das Associações Empresarias (CTA), mostra-se apreensiva face ausência da cultura empresarial no seio da actual geração de jovens empreendedores o que satura o mercado formal de emprego devido a pressão das autoridades governamentais para absorver esta camada.

Para conter a situação, o presidente do Conselho Empresarial Provincial, CEP/CTA na província de Zambézia, Assane Naparia, defende a inserção de indução empresarial ao abrigo da requalificação do ensino profissional com vista a impulsionar os cursos vocacionais ministrados pelo Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cássimo (FPELAC).

Para o efeito, o conselho directivo do CEP defende esta inovação do modelo através da implementação da indução de conceitos básicos empresariais aos beneficiários.
Assane Naparia assegurou aos gestores que o organismo que dirige pretende imprimir reformas inovadoras leves para capitalizar o modelo vigente e despertar sobre a importância da participação do sector privado na acção formativa à geração de jovens beneficiários de diversos cursos vocacionais.

De acordo com o empresário, há necessidade de promover debates sobre matérias de empreendorismo com os jovens para desenvolverem o espírito empresarial.
“A dinâmica demonstra que é urgente a reactivação de debates com todos os segmentos centrados na juventude de forma conjugada de modo a se adoptar um novo figurino alinhado que leve os jovens a ganharem o sentido empresarial”, disse Naparia.

A adopção pelo governo do figurino sugerido por este organismo associativo permitiria alargar as oportunidades aos graduados entre auto emprego ou constituição de pequenos grupos locais com foco para as necessidades impostas pelas dinâmicas proporcionadas pelas descobertas de jazigos dos minérios.

Reagindo sobre a inserção da temática empresarial na instrução vocacional, a Secretaria de Estado naquele ponto do país, Judite Faria anuiu com satisfação a disponibilidade do sector para a transformação de jovens em empresários do amanhã, um gesto que indica, no seu entender, a importância da sincronização de acções para o crescimento socioeconómico da província.

“A pretensão constituirá uma mais-valia no estreitamento da parceria público privada na transição do testemunho aos jovens e raparigas vulneráveis em técnicas complementares para prossecução das actividades viradas para o bem-estar da população”, considera a Secretária de Estado.

Segundo a Secretária de Estado, as partes acordaram um leque de cronograma multissectorial cujas oportunidades devem abranger mais jovens além dos 813 apurados no segundo ciclo pós requalificação das competências profissionais, Judite Faria instou ao Conselho Empresarial Provincial a estabelecer parcerias com a absorver a mão-de-obra doméstica.