População de Chibondzane clama por água potável

Os moradores do posto administrativo de Chibondzane estão a clamar por água potável, uma vez que a maior parte da dos poços e furos locais está salobre e imprópria tanto para o consumo humano como também para a confeição de alimentos.

Alguns residentes de Chibondzane têm percorrer longas distâncias à procura do precioso líquido. Albertina Mainga, por exemplo, afirma que o seu bairro só tem água com altos níveis de teor de sal e que só é usada lavar a loiça. “Carto água em Nhakumbassane. É um lugar que dista três quilómetros. Gostaríamos que o governo abrisse um poço com água potável para assim aliviar o nosso sofrimento”, disse a moradora.

Hortência Parruque, outra moradora de Chibondzane, também lamenta o facto de a água das fontanárias ser salobre e denuncia que o poço a céu aberto que está localizado no seu bairro tem sido uma das grandes causas de doenças diarreicas. “O poço está próximo da estrada e acaba recebendo muita poeira. Queremos que o governo abra poços e fontanárias de água doce”, clamou a moradora.

Segundo o chefe do posto administrativo de Chibondzane, Arlome Novela, aquela região de Mandlakazi, com mais de 22 mil habitantes tem um nível de abastecimento de água de 58.7 porcento, o que significa 65 furos, oito sistemas de abastecimento de água, mas um está avariado, e aponta como um dos maiores desafios da expansão hídrica a dispersão populacional, o que faz co que alguns moradores percorram dez quilómetros.
“Estamos a buscar parceiros para que possam nos ajudar a abrir furos de água e a construir sistemas. Desencorajamos sim a população a beber água dos poços a céu aberto. A organização não-governamental Visão Mundial já parou de nos ajudar, mas continuamos confiantes que a curto prazo possamos vencer esse problema”, disse o chefe de posto de Chibondzane.

Por seu turno, o administrador do distrito de Mandlakazi, Virgílio André Mulhanga, disse que em termos percentuais, a cobertura hídrica situa-se acima dos 74 porcento, e já se fez um mapeamento das fontanárias a nível de todas as comunidades.

“Ao invés de continuarmos com reparações constantes de fontanárias, queremos sim transformá-las em pequenos ou grandes sistemas de abastecimento de água. Já dissemos aos interessados para que possam aproximar. Estamos agora com seis processos para análise, onde os investidores deverão transformar as fontanárias. O grande desafio é Chidenguele e Macuácua por conta da profundidade do solo freático”, afirmou Mulhanga.

O administrador de Mandlakazi informou que em zonas em que a água é severamente salobre, com Chibondzane, a solução passa primeiramente pela dessalinização, contudo entende que os custos são avultados, mas nessa busca de parceiros tem-se colocado esse desafio com vista responder os anseios da população.

“Já estivemos reunidos com um parceiro da área de electrificação rural, ele apareceu-nos com varias soluções tecnológicas para abastecimento da água. Estamos a reflectir no projecto e acreditamos que teremos uma solução para combater esta problemática da água”, informou o chefe do executivo distrital.

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